UMA NARRATIVA DE INSPIRAÇÃO AUTOBIOGRÁFICA
Vou
entrecortando a língua numa sobreposição que resulta num amálgama de vivências
e lembranças e procuro ter uma apreciável sobriedade, fazer um texto
concentrando uma lancinante relação entre o preencher o tempo e assim fingir
que o vazio não existe. É essa a pergunta que cala e rasga a alma desde sempre
porque dialogam de modo profundo questões filosóficas e teológicas, sacrifica
mesmo o objeto de seu desejo, materializa um clima de constante
imprevisibiliade e pode constatar um atestado de maturidade até artística. A
angústia humana diante do silencio. A possível insignificância de nossas vidas,
principalmente quando estamos obsecados pela perfeição dos rituais vazios da
vida, normalmente associada à estúpida ingenuidade na tentativa de negar a
desordem final da vida. Esse papo de realizar interferências no meio
ambiente...é um caminho sem volta nesse encontro consigo mesmo, mas não se
engane é muito mais ligado à dissolução de limites e fenômenos naturais como
metáfora conceitual, sim é um registro de suas intervenções. Eu faço isso
quando desloco o olhar observador da zona de conforto, tento enxergar muito
além das aparências elementares, não isento das fraquezas humanas. Sabe, extrai isto da mesma página de um velho livro
sobre...Onde também fui procurá-los e dar um recorte contemporâneo ao que é
hábil em lidar com as relações de plano e espaço, muito embora não tenha feito
até aqui uma obra com consistência pois temi abrir um canal de comunicação
perigoso, pelo qual não se pode saber o que possa vir, nunca exposto antes. Mas
não se engane: o tabuleiro das forças atingiram níveis impagáveis de um
processo inexorável, todavia acabou descontextualizado de caráter inesgotável no sentido mais puro da palavra.
No meu
primeiro encontro com a Arte, naquele momento, nas artes visuais, tampouco
havia registros a desfuncionalizar; rompendo em sitomas múltiplos. Alguém muito
importante do campo me disse: "Cada povo tem o Andy Warrol que merece!".
Pensei imediatamente em Land Art, refleti e pensei com meus botões...Não é isso
nem aquilo e por favor trate
completamente de esquecer, deslembrar, desaprender qualquer noção.
Em
suma, tudo isso vem a renovar nossa tradição sobre o inegável colorido da
cultura brasileira.
WALKER LIMA
Olinda - dezembro de 2012.