quarta-feira, 25 de maio de 2011

VERSOS DE MAIO - MINHA HERANÇA




Minha Herança



           Nunca conhecí uma história bonita de Inventário advindo do Direito das Sucessões, do mesmo jeito não conhecí nenhum Homicídio  que tenha sido interessante do ponto de vista humanitário. Há milênios o ser humano indaga: Qual será o meu legado? Ao mesmo passo, os ainda "vivos" questionam: Qual será a minha herança? Ou "o que receberei de herança?
          Entes ficam, quase todos,  diante do último desejo terrestre. Num transe os viventes vão à "morte" e ressuscitam valores, pendências de coisas desse plano terráqueo abrindo tergiversantes contenciosos com a alma. Ao invés de saírem da morte para a  vida, não;  se materializam com a morte, e vão fundo ao túmulo.  Buscam no além, vão muito distantes atrás  das razões tão próximas quanto um palmo adiante do nariz. A natureza humana já desgastada pelo ardil... insiste com o embuste e se agarra  mesmo sabendo estar na via contrária da  procura por Deus, buscam  aonde Ele não está.
          Raramente se "pensa" em voz alta: A quem pertence todas as coisas; visíveis e invisíveis?
          Não há tempo para reflexão, para isto o precioso ócio não funciona, não pode funcionar, aliás não tem função alguma. A maioria vive como  morto-carregando-o-vivo e se coloca diante dos mundo como se, de fato, já estivessem mortos, talvez por esta razão pensem incessantemente: A herança... Ninguém quer saber que não passamos de menos de um segundo diante dos bilhões de anos luz da Criação. Muitos até acham que o mundo é uma criação puramente humana e sendo assim a ótica deve ser esta: todas as coisas da Terra pertencem aos homens, muito embora a retórica coma no centro... Os discursos são ornamentados com chavões que funcionam  com a perfeição de um relógio suiço. Confudem muito mais ao "refletirem" a respeito do poder humano sobre a vida; já que para se derrubar uma árvore, é só querer!  Na mesma linha de raciocínio: para se matar qualquer animal ou ser vivente depende-se única e exclusivamentre da "cuca",  do que "dá na telha" do "pensante". Não sei como  a Sociologia ou a Antropogia tem  incluído esses "seres", talvez chame-os de ignorantes, semi-analfabetos, e por aí vai... Mas é fato. Decerto a História consiga demonstrar um pouco do porquê. As Ciências Sociais tem inúmeras explicações para o fenômeno, ou melhor, para a "pouca fé" segundo prisma da Religião. Sob o ponto de vista das Ciências Jurídicas, pouco  interessa, equivale dizer: a presunção  de que todos são iguais perante a  Lei é absoluta, muito embora todos saibam que as diferenças econômicas e sociais são enormes.




            Desta feita a população de seis bilhões de seres humanos segue sua trajetória como o gado quando caminha para o matadouro, a inexorável caminhada sobre o planeta vai adiante...Pensamos no aprendizado: "Não se confunda com a multidão",  realmente o ajuntamento das pessoas não tem vontade! É !!! Não tem vontade própria, portanto não tem querer, significa: Não sabe o que quer! Todos rumam na  mesma direção. Será que não surgirão os loucos? Aqueles que ousam desafiar a ordem e o sentido do caminhar?!? Não aparecerão os revolucionários capazes de dizerem  com convicção: o caminho está errado!!! Os audazes, os astutos:  silenciarão? Ninguém ousará? Ninguém absolutamente ninguém terá a sobriedade para enfrentar  todos?!? Ninguém ousará pensar diferente?





O EXPRESSO DA MEIA-NOITE


O momento da visita da namorada através de um vidro(na cadeia)
Faltará coragem para se fazer o caminho contrário a exemplo daquele "louco" que agiu  dentro de um Manicômio judiciário nos confins da Turquia,  no filme de Alan Parker "O Expresso da Meia-Noite"?!?
(O filme trata da visita de um estudante americano (John Hurt) que vai conhecer a Turquia, na volta ele "inventa" de trazer haxixe consigo agarrado ao seu corpo com esparadrapo, ao  embarcar no aeroporto é preso em flagrante. Vai preso  e é  condenado a 30 anos por tráfico de drogas ao invés de simples porte. Vai para uma prisão degradante. Mas a visita da namorada dele faz com que ele "renasça" por dentro e consiga pensar diferente e  "dar o pulo do gato" para a liberdade.





PAPILLON


Meu Deus! Não existe mais nenhum  homen capaz de improvisar uma "canoa" e atirá-la ao alto mar e dalí partir para a liberdade como ocorreu em "Papillon"?
(O filme é rodado num cenário de uma prisão chamada "Ilha do Diabo" em 1930, e Papillon (Steve Mcqueen),  tem essa alcunha devido a uma tatuagem que tem de uma borboleta, ele é  condenado à Prisão Perpétua a ser cumprida naquela inexpugnável prisão na Costa da Guiana Francesa, muito embora tenha negado veementemente o homicídio pelo qual foi sentenciado. Ninguém nunca conseguiu fugir daquela penitenciária, entretanto Papillon faz amizade com Louis Dega (Dustin Hoffman) um falsário, e em troca do apoio de Papillon às falcatruas de Dega, este ajuda na fuga de Papillon, detalhe: na hipótese de algum preso ser pego em  fuga, passaria 5 anos na Solitária. Papillon estudou o movimento das marés, e no momento oportuno lançou sua "jangada" improvisada ao mar, para liberdade.)






UM ESTRANHO NO NINHO

"Um Estranho no Ninho" e seu protagonista Mc Murphy (Jack Nicholson) só existe nas telas do cinema?!?
(No filme, o malandro Mc Murphy é preso e se finge de doido para se safar de ir fazer trabalhos forçados, então ao invés disso segue para um Hospital Psiquiátrico e lá ele apronta... Direção de Miles Forman e produzido pelo ator norte-americano Michael Douglas, rodado em 1975).








Ninguém é o que parece, nem Deus.
Érico Veríssimo





IMAGENS PELA ORDEM:

Fotografia Still por Isac Amorim
Montez Magno
Ismael Caldas
Reproduções cinematográficas(cartazes e filmes)

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