A solidão é a independência e o baque do coração.
Come a bomba-pronta e sua ogiva retrai o estar no mundo.
Meu sentimento torna-se admiração ao sólido dos limites imprecisos.
O que deixamos de ser na densidade noturna. Dissociados não estamos apenas sós
mas sobrecarregados de toda impureza mundana, insólitos e perplexos.
Buscar no íntimo a infinitude múltipla de amar e transpor incongruências na mitologia das cores,
o espectro de indiscerníveis conceitos sob bilhões de astros nos conduzirão sempre ao pó cósmico.
A ausência cura o amor.
Miguel Cervantes |
As batalhas do cotidiano não sabemos nem sequer o porquê,
guerreamos incógnitos transes no estopim causados em profunidades abissais,
carcomendo o interior d'alma,
sem sabedoria?
Sem sentimento algum?
Estamos sós.
É do fundo do poço donde somos mais amados.
Fica a última instância da capacidade incomensurável que temos para amar...
Virei um mosteiro.
Olinda, 11 de maio de 2011
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