terça-feira, 24 de maio de 2011

VERSOS DE MAIO - PÓS-CONCEITOS



Não será o contragrito que extinguirá as discriminações da sociedade que precisa almoçar seus cadáveres,
em meio a atrocidades e perversidades mais saguinolentas protagonizando jantares.
Não adianta cerimônias, nem tampouco invocações de deuses já proscritos.
Nem religiões que fecundam vital identidade de antigos povos.
Desperceber que o sofrimento mais intenso se deve ao amor.
Não há razão para quem ama porque quando se ama, não se raciocina. Nós não somos sem significados, não somos paixão sem sentido e por isso não faça um isolante do amor,  fomos criados para amar. Especialmente para amar as mais belas das criações, as mulheres. O amor é a única lei que rege o Universo. E sua voz é o silêncio.
O homem está presente na distância da natureza e o desembesto capitalista é seu combustível, sob o véu já batido da hipocrisia.



O amor eterno é o amor impossível.
Os amores possíveis começam a morrer
no dia em que se concretizam.
Eça de Queiroz





Pusilánime o homem busca seus cadáveres, ainda que não existam bodes expiatórios, é imperioso encontrá-los já que Judas Iscariotes deu certo. Mas nada disso o deterá. Em vão são as marchas contra as guerras já que a História da Humanidade é uma história de guerras, pondo em desperdícios todo valor  com seu sangue canalizado  para a Arte Bélica. Quem ousa pensar ao contrário, em pensar nos esforços serem destinados à dignidade humana, e que aqueles montantes seriam  da educação afim de ser evoluída,  através do processo civilizatório, a humanidade.



Precisamos dar um sentido humano às nossas construções. E, quando o amor ao dinheiro, ao sucesso nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu.
Érico Veríssimo



Os pré-conceitos deixariam de existir, sim, os frutos da ignorância acabariam. A batalha no plano das ideias seria por fim vitoriosa. A inter-relação em conta-gotas da geo-história:
Os Mitos da Criação.
Morte e Fim do Mundo.
A Morada dos Mortos.
Brahman.
Os Amores Divinos.
Os Heróis Gregos e Romanos.
Mitos Escandinavos;  Eslavos e Celtas.
Inuits.
Os Maias.
Os Astecas.
Os Incas.
Mitos do Pacífico.
E antes de todos esses, um batalhão de espirítos africanos, dos achantis aos bosquímanos.
O escrito aqui sem forma, metálico, cibernético pilotando  máquinas e evocando povos e deuses,
é cíclico e se justapõe ao homem que andou p'ra não dizerem que apenas falava de flôres. Faz o contraponto com o concretismo, dispensa surrealismos e transforma o verbo em bisturí afim de ingressar no coração de qualquer um para  implantar a consciência de que nossos ancestrais Tupis e Guaranis nos legaram apenas pinturas rupestres, não construíram nada em cal sob o Sol. Nos indicaram a simples lição de que a única maneira de mudar o próximo é através do amor.



Olinda, 14 de maio de 2011


                             O GUARANI  ENSINA O AMOR

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